A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.


  O PRAZER DE APRENDER COM A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Este artigo apresenta, inicialmente, algumas reflexões sobre a informática na educação, analisando o uso do computador, o software educativo, o papel do professor e o papel do aluno no processo ensino aprendizagem. Posteriormente, discute a utilização do computador como ferramenta de auxílio na aprendizagem infantil, analisando um trabalho realizado com trinta e oito alunos da pré-escola do Centro de Educação Infantil Monteiro Lobato do município de Blumenau. Este trabalho consiste na apresentação de um software educacional aos alunos buscando ampliar os seus conhecimentos acerca da miscigenação das cores, possibilitando que eles mudassem a funcionalidade do próprio software. Assim, coerente com a perspectiva construtivista de educação, oportunizou-se uma participação ativa e criativa dos alunos nos seus processos de construção do conhecimento. Os resultados revelam o quanto eles interagem prazerosamente com o computador, e brincando com suas próprias ideias

  A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO.
O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área administrativa quanto na área pedagógica. Seu uso adequado, oportuniza o desenvolvimento e a organização na construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, elementos fundamentais para a construção do conhecimento.

Estes aspectos interagindo-se trazem benefícios incalculáveis na formação do aluno. Vamos analisar cada um:
a) O computador
A utilização do computador na educação pode acontecer de duas maneiras. Uma é fazer aquilo que o professor faz tradicionalmente, ou seja, passar a informação para o aluno.

Outra e usá-lo como um instrumento que auxilia na construção do conhecimento e, portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar, pensar e manipular a informação.
b) O software educativo
Os softwares educacionais vêm entrando no mercado mundial de forma muito acelerada. Inúmeros países como Inglaterra, França e EUA, entre outros, desenvolveram projetos de uso do microcomputador em educação e, conseqüentemente necessitaram desenvolver produtos de software específicos para suas necessidades. O mesmo tem ocorrido no Brasil, onde diversos projetos de pesquisa vêm sendo desenvolvidos não só relacionados ao uso do microcomputador em sala de aula como, também, ao desenvolvimento de software para os mais diversos conteúdos programáticos.
Os softwares devem oportunizar uma maior interação entre o aluno, o professor e o ambiente de aprendizagem. Porém nem todos os softwares que encontramos no mercado oferecem qualidade. Há softwares cujos resultados são bastante óbvios. São tão predefinidos que o aluno não possui outra alternativa senão a de seguir um único caminho para atingir o resultado esperado. Ele propõe caminhos e resultados únicos substituindo, portanto aquele professor tradicional. 
c) Professor
Muitos educadores estão preocupados com a substituição do professor pela máquina. Isto não é real, pois antes da tecnologia vem a metodologia, a filosofia educacional que da direção a escola, e o papel do professor é fundamental neste processo. Porém ele deixa de ser o centro das atenções e passa a assumir a função de mediador nas atividades desenvolvidas.
professor não deve mais ser mero transmissor de conteúdos, mas sim, um orientador, um facilitador da aprendizagem.

 d) Aluno
O papel do aluno é utilizar o computador como uma ferramenta que contribui para o seu desenvolvimento no momento atual e no futuro. O aluno deixa de ser passivo para se tornar ativo no seu processo ensino aprendizagem. Ele passa a desenvolver competências e habilidades, como ter autonomia, pensar, criar, aprender e pesquisar.

3. PINTANDO O SETE COM A INFORMÁTICA NA PRÉ-ESCOLA.
É inegável o fascínio que o computador exerce sobre os alunos. No Centro de Educação Infantil Monteiro Lobato em Blumenau desenvolveu-se um trabalho de computação. Este trabalho já existe há cinco anos, atendendo aproximadamente cento e cinqüenta crianças. As crianças que estão envolvidas com este trabalho tem entre um a seis anos. Os quatro computadores foram adquiridos com os recursos da Associação de Pais e Professores (APP). 
 Assim, lançamos a proposta para os alunos, e começamos o trabalho da seguinte maneira:
Inicialmente, foi apresentado aos alunos um software educacional referente a miscigenação das cores, de forma que os mesmos pudessem fazer suas críticas e sugestões com relação à intuitividade do mesmo.
Este trabalho com os alunos desenvolveu-se em várias etapas:
a) Análise da tela proposta na visão do adulto;
b) Questionamento e avaliação de cada ícone;
c) Modificação da tela e dos ícones através das sugestões dos alunos com seus desenhos;
d) Avaliação da funcionalidade do software pelos alunos.
Em todas as etapas citadas acima, observamos vários momentos importantes para o processo do ensino-aprendizagem do aluno. Assim sendo iremos ressaltar alguns pontos significativos de cada etapa.
Na primeira etapa do trabalho os alunos analisaram a tela na visão do adulto. Neste momento demonstramos para os alunos a proposta de um software educativo, referente à miscigenação das cores, acreditando que nossas expectativas fossem ao encontro do aluno. Pedimos para os alunos que colaborassem na construção do mesmo como: sugerindo idéias, levantando hipóteses, fazendo críticas da tela apresentada. Percebeu-se que os alunos, com essa experiência, sentiram-se valorizados, pois estavam participando ativamente de seu próprio processo de aprendizagem.
A tela apresentada aos alunos na visão do adulto pode ser vista na figura l. 

 
 Conforme o levantamento das idéias, hipóteses e críticas sugeridas pelos alunos, percebeu-se que os ícones apresentados pelo adulto não tinham o mesmo significado para os alunos. Exemplos:a) A borracha para os alunos parecia uma caixa de fósforos.
b) O pincel com a lata de tinta para eles era um pote de lápis de cor.
                              c) A impressora foi confundida com uma caixa. 
                             d) As espessuras do lápis eram linhas.e) O pincel parecia uma vassoura ou um tubo de cola
         feito pelas crianças